Engenharia de Alimentos

São as técnicas e os conhecimentos usados na fabricação, na conservação, no armazenamento e no transporte de alimentos industrializados. Esse profissional cuida de todas as etapas de preparo e conservação de alimentos de origem animal e vegetal. Seleciona a matéria-prima, como leite, carnes, peixes, legumes e frutas, e define a melhor forma de armazenagem, acondicionamento e preservação dos produtos, projetando embalagens. Cria e testa formulações, a fim de determinar o valor nutricional de alimentos industrializados, seu sabor, sua cor e consistência. A indústria alimentícia é, sem dúvida, seu principal campo de atuação. Mas pode trabalhar, ainda, em indústrias fornecedoras de equipamentos, embalagens e aditivos.

1 de abril de 2010

Pimenta peruana arde mais do que a pimenta malagueta

Em grandes quantidades o ají pode atacar o estômago e o intestino, mas é rico em vitaminas A e C, ajuda a prevenir alguns tipos de câncer e evita o envelhecimento precoce.




O país de todas as cores é também de todos os sabores. A cozinha peruana está conquistando o mundo, em grande parte, por causa da riqueza e da variedade dos ingredientes que existem no país.

O ají é a pimenta peruana. O Peru produz pelo menos 50 variedades diferentes de pimenta. Para os peruanos, o aji não é apenas um tempero, é um produto que faz parte da identidade do país.

Ninguém melhor para falar do ají que o chef mais famoso do Peru, que encontramos por acaso no mercado. Gastón Acurio diz que vai sempre ao local para conversar com os feirantes e buscar ideias pra novos pratos.

Ele explica que a cozinha de todos os países tem uma característica. Na Itália, por exemplo, é o tomate. Na cozinha peruana, é o ají. Para Gastón, se você tirar o ají, a comida fica sem pátria.

Alguns tipos de ají a gente encontra nas feiras do Brasil. Dizem que a nossa pimenta malagueta é doce perto do ají charapita.

Será que tanto ají não faz mal? Em grandes quantidades sim, pode atacar o estômago e o intestino. É o que me diz a nutricionista Lizette Ganoza. Mas ela dá também a boa notícia: o ají é rico em vitaminas A e C, ajuda a prevenir alguns tipos de câncer e evita o envelhecimento precoce.

Dona Tereza Izquierdo é considerada a mãe dos cozinheiros peruanos. Aos 76 anos, ela é louca pelo Brasil e pelo nosso carnaval. Mas, quando o assunto é cozinha, ela se anima é com o ají.

Ela prepara pra gente um pato ao molho de pimenta. O segredo desse e de outros pratos peruanos é o ají usado sem pele e com pouca ou nenhuma semente, para o gosto ficar mais suave.

Mas o que o peruano come no dia a dia? Em Cusco, fomos dar um passeio no mercadão da cidade. O prato mais tradicional do país é o ceviche - peixe em cubos, temperado com sal, cebola, ají e o mais importante: limão, muito suco de limão.

O ceviche não vai ao fogo e dizem que é afrodisíaco. Uma peruana diz que o ceviche com arroz e verduras é mais ou menos como se fosse o nosso arroz com feijão. Os peruanos comem quase todos os dias.

O Peru tem ainda ervas dos Andes, pães artesanais, frutas enormes.

O repórter Hélter Duarte encontrou uma abóbora que pesa mais ou menos 40 kg, a dona da banca afirma essa é uma abóbora pequena, porque tem abóboras que chegam a pesar 70 kg. Elas vêm da região de Arequipa que é no sudoeste do Peru.

São riquezas que vem da terra. No Vale Sagrado, na região de Cusco, as plantações de linhaça deixam a paisagem ainda mais bonita.

Mas a rainha desse solo tão fértil é sem dúvida a batata. São mais de duas mil variedades de batatas catalogadas no Peru. O nosso guia, Wilian Huampa, que também é professor de história e geografia, conta que as chamadas “papas” são nativas do país.

Wilian mostra a batata peruana. Ela é chamada assim, porque tem as mesmas cores da bandeira de Peru, vermelho e branco.

Cientistas afirmam que a batata é cultivada nessa região há sete mil anos e foi apresentada ao mundo pelos espanhóis, na época do descobrimento do Brasil, justamente depois que eles dominaram com violência um grande e poderoso império: o inca.

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